Gracieli Polak

CANOINHAS

Em workshop realizado na sexta-feira, 20, foram expostos os novos rumos do município de Canoinhas com a chegada do complexo da Aurora, que compreenderá não somente o frigorífico, mas também uma fábrica de ração e granjas de matrizes.

Segundo Nelson Paulo Rossi, gerente de recursos humanos cooperativos da Aurora, a instalação do complexo em Canoinhas abrirá 3.208 postos de emprego diretos, além dos empregos terceirizados com transporte, limpeza e segurança, entre outros, que devem gerar cerca de 658 novos postos de trabalho.

A demanda de 300 mil frangos abatidos diariamente no frigorífico necessitará da implementação de cerca de 700 granjas na região, o que fará com que os investimentos no município sejam ainda maiores que os R$ 400 milhões estipulados para a instalação do complexo, que entrará em funcionamento em janeiro de 2010, segundo expectativa dos diretores da cooperativa.

Além da mão-de-obra necessária para operacionalizar as granjas e o restante do complexo, novos mercados serão aquecidos, como o de madeira reflorestada. O consumo diário será de 250 metros cúbicos de lenha por dia, o que aumentará em muito a demanda pela lenha reflorestada. Destacando a expansão pela qual passará Canoinhas depois da chegada efetiva da Aurora na cidade, que começará com a construção do complexo, Rossi destaca que os setores de material de construção, mão-de-obra, alimentação, rede hoteleira, combustíveis, transportes e comércio terão novos rumos e representarão boas oportunidades de negócios.

O atual prefeito de Maravilha, no oeste do Estado, Juarez Domingos Vicari, e o prefeito à época da instauração da Aurora no município, Cassildo Maldaner, falaram sobre os benefícios que a empresa trouxe para a região, como os empregos e a prosperidade nos negócios. Hoje deputado federal, Maldaner afirma que Canoinhas tem um grande desafio para superar, "mas, em breve, será recompensada pela melhor qualidade de vida de seus habitantes".

Na contramão da onda otimista que cerca a chegada da Aurora no município, um empresário, que preferiu não ser identificado, afirma que diferente do que muita gente está acreditando, a instalação do frigorífico, das granjas e da fábrica na cidade não será completamente positiva. "Não foi feito nenhum estudo social para a instalação da Aurora. A cidade não tem estrutura para um negócio de tal porte e os investimentos para as granjas também são muito altos, inviáveis", afirma.

Orçados entre R$148 e 192 mil, os apiários deverão ser financiados com recursos próprios dos investidores e apresentarão renda média anual de aproximadamente R$ 70 mil.